10 Práticas Absurdas no Movimento Apostólico Contemporâneo

O movimento apostólico é considerado por muitos como a expressão de crescimento mais rápido dentro da Igreja no mundo hoje. Meu livro, O Movimento Apostólico Global e o Progresso do Evangelho, está entre vários que escrevi e é considerado leitura obrigatória. Em alguns dos meus escritos, as bênçãos e abusos desse movimento são abordados em detalhes. (Consulte meu livro, Uma Antologia de Ensaios sobre Liderança Apostólica.)

Como adepto e defensor do movimento apostólico, algumas das práticas não bíblicas nele me preocuparam muito. Muitos dos meus colegas também as consideram absurdas e, em alguns casos, prejudiciais. Para ser claro, a maioria dos líderes apostólicos globais que conheço não pratica a seguinte lista de dez absurdos.

 *Veja nossa declaração da NAR aquí.

1. Fazendo decretos apostólicos

Alguns acreditam que podem proferir coisas com a boca que mudarão a atmosfera e farão as coisas acontecerem simplesmente porque são “apóstolos”. Minha caminhada no ministério apostólico por quase quatro décadas me expôs aos movimentos extraordinários de Deus. Não tenho recordação de ocorrências miraculosas resultantes de qualquer decreto apostólico não inspirado (robótico).

O que funciona: Muitas vezes, durante reuniões corporativas, uma pessoa pode ser inspirada pelo Espírito Santo a fazer declarações chamando as coisas que não são como se fossem, resultando em respostas dramáticas à oração (Marcos 11:23-24; Romanos 4:17-19).

Fazer um decreto não inspirado, inventado por emoção humana ou intenção, apenas porque uma pessoa reivindica autoridade apostólica é absurdo.

2. Reivindicar ser o “apóstolo” de uma cidade ou nação

Infelizmente, alguns afirmam ser o “apóstolo” de sua nação ou cidade. Nem mesmo na igreja do primeiro século alguém afirmava ser a autoridade apostólica principal em sua cidade!

(Em Jerusalém, havia 12 apóstolos; até Paulo trabalhou com Pedro, Barnabé, Apolo e uma série de trabalhadores apostólicos nas igrejas que ele fundou (Atos 13-15; 1 Coríntios 1:12; 3:4)).

Nas grandes cidades, várias vozes apostólicas-chave geralmente representam várias expressões do Corpo de Cristo. Proclamar um indivíduo como “o apóstolo” de uma grande cidade ou nação é absurdo!

3. Reivindicar igualdade apostólica aos 12 apóstolos originais

Alguns também afirmam que certos apóstolos contemporâneos são iguais aos 12 originais. Isso é absurdo! Desde o segundo século, toda função apostólica tem sido sempre um ministério apostólico pequeno “a”; haverá apenas “12 Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21:14).

4. Reivindicar o título apostólico sem fruto

Nas últimas décadas, numerosas pessoas reivindicaram o título de Apóstolo com poucos seguidores ou impacto. Reivindicar o título sem fruto correspondente é um absurdo!

5. Reivindicar ser o “apóstolo” de milhares de igrejas

Alguns líderes me disseram que supervisionam dezenas de milhares de igrejas (a maioria delas em países em desenvolvimento). Minha pergunta para eles é: “Quantos dos pastores dessas igrejas você está acompanhando? Que estrutura garante que cada pastor ou coletivo regional está sendo cuidado?” Fazer declarações exageradas, auto-infladas e não documentadas de “supervisão apostólica global” é absurdo.

6. Apóstolos reivindicando que todos os pastores devem se submeter a eles

Os autoproclamados “apóstolos” afirmam que todos os pastores em sua região devem se submeter a eles. Felizmente, essa declaração absurda e presumida sobre a supervisão regional raramente acontece.

7. Reivindicando revelação apostólica divina extrabíblica

Em casos raros, algumas pessoas afirmam ter uma revelação apostólica que ninguém mais na Igreja possui. Uma dessas alegações apareceu no Facebook, onde uma pessoa se autointitulou “Apóstolo Chefe” na terra. A estrutura semelhante a uma seita sob ele era composta por outros apóstolos sicofânticos que promoviam seus ensinamentos. A maioria de seus poucos seguidores desses supostos apóstolos é comissionada para imitar seus ensinamentos! Qualquer movimento contemporâneo que reivindique uma revelação apostólica especial é semelhante a uma seita, sectário e absurdo.

8. Comissionando pessoas não qualificadas como apóstolos

Muitos autointitulados apóstolos (e profetas) dão palavras a pessoas em reuniões públicas de que “foram chamadas para ser apóstolos” sem sequer examiná-las biblicamente (1 Timóteo 3:1-15). Muitos testemunharam centenas de pessoas comissionadas (de uma vez) como apóstolos durante conferências pastorais.

As práticas absurdas acima causam confusão, inflamam os egos e violam protocolos bíblicos demasiados para citar aqui.

9. Apóstolos auto-comissionados

Conheci muitas pessoas que afirmam terem sido divinamente comissionadas como apóstolos apenas por uma visão, sonho ou experiência espiritual subjetiva. (Todas essas experiências podem ser mais psicológicas do que espirituais). A comissão apostólica verdadeira também deve ser confirmada e iniciada por outros líderes espirituais reconhecidos na cidade de alguém para ser legítima. No mínimo, outros líderes apostólicos legítimos em uma denominação ou movimento apostólico devem avaliá-los e matriculá-los por meio de um processo antes da referida comissão. Consequentemente, uma pessoa que se auto-comissiona como apóstolo sem confirmação legítima é uma prática absurda. (A menos que tal comissionamento divino ocorra em um país ou região onde nenhuma igreja ou testemunho do evangelho seja suficiente para dar uma confirmação e matrícula adequadas.)

10. Apóstolos autocráticos

Alguns líderes apostólicos frequentemente tomam decisões significativas que impactam sua igreja ou movimento sem obter um consenso por meio de uma equipe madura de líderes ministeriais e anciãos. (Não estou defendendo uma forma presbiteriana de governo.)

Essa prática absurda viola o espírito da verdadeira apostolicidade relacionada ao governo da igreja.  (Atos 13:1, Atos 2; Atos 15; Gálatas 2)

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